Especial Zoo: Por que não é recomendado oferecer alimento aos macacos-prego?

10/03/2017

Os macacos-prego (Sapajus nigritus) são os animais de natureza livre do Parque Ecológico que mais despertam nos visitantes o interesse de interação, como por exemplo, oferecer alimento, tocar ou se aproximar para tirar uma fotografia.  Essa prática não é recomendada, pois pode ser prejudicial tanto aos primatas quanto para os visitantes.

 

Existe o risco de acidentes entre animais e humanos, além disso, de acordo com a bióloga Isabela Alves de Lima quase toda forma de intervenção humana no meio ambiente natural acaba sendo prejudicial. Oferecer alimento a uma população de animais pode prejudicar a existência de outras espécies ou grupos.

 

“Se temos um número maior do que o natural de macacos-prego em uma área, já que estes tem maior fonte de alimento, esta população provavelmente impossibilita que outras espécies de macaco, por exemplo, explorem o mesmo local, pois estes estarão em desvantagem competitiva”, explica Lima.

 

Os macacos do Parque Ecológico estão acostumados à presença de humanos no ambiente, por isso aproximam-se dos visitantes com facilidade. “Esse comportamento não é natural, eles desenvolveram ao longo do tempo este hábito mais sociável”, esclarece Lima.

 

A Cidade da Criança ocupa uma área de 172 hectares, sendo 104 de Mata Atlântica, os animais nativos também recebem o acompanhamento regular da equipe técnica do hospital veterinário e dos tratadores do Parque Ecológico a fim de averiguar a circulação de doenças que podem ser contagiosas entre humanos e macacos-prego e os macacos do plantel do parque.

 

De acordo com a bióloga apesar de muito espertos e habilidosos, os macacos-prego não são considerados os primatas mais inteligentes. “O grupo de macacos que mais surpreende os pesquisadores são os símios, como chimpanzés, gorilas, orangotangos e bonobos, que demostram inteligência surpreendente, aprendem linguagem de sinal, a manusear ferramentas humanas, a contar e usar computadores, celulares e rádios se ensinados”.

 

Raio X

A espécie de macaco-prego encontrada no Parque Ecológico Cidade da Criança habita florestas de Mata Atlântica no sudeste e sul do Brasil. Vivem em bandos de 11 a 13 animais, são onívoros e se alimentam de frutos, folhas, pequenos insetos, larvas e ovos. Um macho adulto pesa entre 2,5 a 4,5 quilos, possui tufos proeminentes na cabeça e a pelagem varia entre marrom e cinza escuro, e o ventre avermelhado, medem entre 42 a 56 centímetros de comprimento.

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