22/08/2019

A Cidade da Criança comemorou o decreto 30.073/2019, que proíbe a aquisição e fornecimento de copos de plásticos pelas repartições públicas municipais. Desde o ano passado o parque registra a abolição do uso desse item em quase 80% dos setores de atuação.

Ao comparar o período de maio de 2017 a abril de 2018, com maio de 2018 a abril de 2019, a compra de copinhos sofreu uma redução de 25%, e após a utilização dos itens em estoque este produto não será mais adquirido.

De maneira espontânea os próprios colaboradores adotaram medidas em seus departamentos para eliminar gradualmente o uso de copos de plásticos. “Aproximadamente 80% dos setores do parque não utilizam mais os copos plásticos, entre eles a administração, portaria, manutenção e hospital veterinário”, conta o coordenador de políticas ambientais da Cidade da Criança Bruno Minini Lage Fernandes.

Substituir copos de plásticos por canecas reutilizáveis gera inúmeros benefícios à natureza e também à própria empresa. “Além de cortar gastos recorrentes com a compra dos copos descartáveis, há economia com a gestão de resíduos, e redução na compra de sacos para as lixeiras onde os copinhos seriam descartados”, pontua Bruno.

“Em relação ao impacto ambiental, essa atitude desencadeia uma grande economia de água que seria usada na produção de copos descartáveis, já que para produzir apenas um copinho são necessários de 500 ml a 3 litros de água e pra lavar o copo reutilizável, precisamos de 100 a 400 ml”, completa o coordenador de políticas ambientais.

A Cidade da Criança adota outras práticas sustentáveis como a coleta seletiva na qual os materiais recicláveis são destinados a cooperativa local e os resíduos provenientes de construções civis e obras também são enviados a empresa especializada. “Para a economia de água, os banheiros de todos os prédios administrativos, assim como dos espaços de acesso ao publico, são providos com torneiras com temporizadores a fim de diminuir o tempo de água corrente e dessa forma economizar água”.

Diga não aos descartáveis!

O processo de decomposição de um copo de plástico pode levar até 200 anos no solo, na maioria das vezes esses itens não podem passar pelo processo de reciclagem, pois foram contaminados pelos líquidos que possuíam. Os custos nos processos para descontaminação são altos e que os tornam inviáveis economicamente.

“Outro destino comum para esse resíduo é o oceano. Atualmente, a quantidade de plástico em algumas regiões é tão grande que especialistas chegam a afirmar que esse tipo de material já faz parte da composição da água. O plástico, ao chegar ao oceano, passa por um processo em que pequenos pedaços, conhecidos como microplásticos, se desprendem e são engolidos por seres marinhos, que acabam morrendo. O microplástico também tem a capacidade de absorver compostos químicos tóxicos, tornando-os ainda mais perigosos” pontua Bruno.