Pescadores participam de diálogo sobre educação ambiental
19/01/2017
A bióloga e o coordenador de políticas ambientais da Cidade da Criança organizaram na manhã desta quinta-feira (19) um diálogo com os aposentados da associação de pescadores que praticam pesca esportiva nos lagos do Parque Ecológico.
A conversa abordou os cuidados com a matéria orgânica jogada em excesso no lago, assim como o descarte correto de lixo reciclável, recomendações sobre o uso de repelente e os cuidados com a presença de carrapatos.
“A ceva em excesso gera acúmulo de material orgânico no lago, para decompor esse alimento há um elevado gasto de oxigênio, além de proporcionar a proliferação de algas que também consomem o oxigênio da água o que pode desencadear na mortandade de peixes ou crustáceos que vivem no lago”, explica Isabela Alves de Lima, bióloga.
Um dos principais problemas do lago é o descarte incorreto de lixo reciclável, como plástico e vidro. “A presença de lixo na água pode machucar as garças, os patos ou mesmo os peixes, e em casos mais graves levar um animal a óbito”, alerta a bióloga.
A prática de limpar o peixe e deixar os restos na grama atrai urubus. “O aumento elevado na população de urubus pode desencadear um desequilíbrio ambiental, o recomendado é limpar o peixe em casa e não jogar qualquer tipo de alimento próximo ao lago”, destaca Lima.
De acordo com o coordenador de políticas ambientais Marcus Artur Ferreira além dos pescadores associados, a pesca é aberta ao público aos domingos, “o descarte de lixo em local indevido, infelizmente, é uma prática comum entre os visitantes, por isso mais latões de lixo serão colocados no local, além de placas de orientação e conscientização”.
O pescador Cícero Alves Barbosa, associado há três anos, aprovou o diálogo sobre educação ambiental. “Essa conversa poderia ser realizada mais vezes, pois esclarece alguns pontos e reforça a importância de respeitar a natureza, o Parque Ecológico é um lugar muito bonito e merece permanecer assim”, conta.
O presidente da Associação de Pesca, Benedito de Lima salienta que a conversa é essencial para gerar consciência ambiental. “O descarte correto do lixo, tomar cuidado com o excesso de ceva e evitar limpar o peixe a beira do lago são práticas simples que beneficiam a todos os usuários do parque e aos animais”, declara.