Por que é errado alimentar animais silvestres na natureza?
31/07/2021
Além de alterar o comportamento natural das espécies de buscar o alimento, oferecer comida a indivíduos silvestres pode prejudicar a saúde e em casos mais severos causar o óbito. Por isso, ao longo de toda a área de visitação há placas informativas que orientam a respeito da proibição e alertam para os riscos envolvidos.
Não apenas os animais sofrem com essa prática, as pessoas podem perder objetos, roubados por curiosidade pelos animais, ou até mesmo causar acidentes, como mordidas e arranhões. “Mesmo o ato de ofertar uma fruta pode gerar malefícios, algumas frutas são tóxicas para determinadas espécies”, explica a zootecnista Glenda Rosa Siqueira Santos.
Os animais de vida livre, vistos facilmente no Parque Ecológico da Cidade da Criança, como macacos-prego e quatis, por exemplo, passam o dia em busca de comida, e todos os nutrientes que eles necessitam podem ser encontrados na mata. O local abriga mais de 104 hectares de Mata Atlântica preservada, área ideal para forragear.
“O forrageio é o hábito natural de procurar o alimento, lançando mão de estratégias especializadas, desenvolvidas no âmbito de cada espécie”, expõe a zootecnista. “A gente já teve alguns casos de macacos, quatis e até animais do zoológico que ficaram doentes por conta dos alimentos ofertados por visitantes, que causaram diarreias e intoxicações”, completa.
É extremamente comum que os animais de natureza livre que circulam pela Cidade da Criança se aproximem de visitantes, mas isso ocorre por uma questão cultural, não por estarem com fome. “Muitas pessoas oferecem comida esperando conseguir uma foto ou para acariciar os animais, mas é necessário consciência, já que esse hábito desestimula que eles busquem outros nutrientes e aumenta o risco de acidentes”, finaliza a zootecnista.
A Cidade da Criança está aberta parcialmente para visitação. O zoológico está disponível ao público de sexta a domingo, das 10h às 16h, com entrada até às 15h. O uso de máscara é obrigatório, conheça todas as regras sanitárias adotadas pelo parque pelo telefone e WhatsApp 18 3902 9333.